A Ajuda de Kalissia

7º Epísódio
Capitulo I
Depois que encontraram a Ciganinha e o elfo explicou ao "anão" o que estava havendo.
Dseyvar pediu a Enrico que fosse até o seu acampamento e dissesse apenas para as "Mães ciganas" que eles encontraram Mah e que ele precisava saber se foram elas quem a hibernou. Enquanto Enrico foi ao acampamento fazendo todo percurso de volta correndo, (ele era bem ágil).

Last apareceu na barraca diante de Dseyvar que puxou suas espadas de imediato. Last esquentou os cabos das espadas de tal maneira que o Elfo precisou soltá-las. E enviou um poder frtz de seus olhos que congelam as coisas que toca, mas Last apenas esticou a mão recebendo o raio em sua palma enquanto se encaminhava para a ciganinha hibernada. Dseyvar pegou as espadas ainda quentes, queimando as mãos e desfechou um golpe forte em Last enfiando toda a lâmina da espada esquerda em sua lateral... E preparando o próximo golpe com a espada da mão direita... Last Segurou o golpe pela lâmina, e retirou a outra espada do seu corpo e disse ecoando sua voz cavernosa:

- Parece que voce não percebeu que eu sou um Vampiro! Elfo!

- Voce não vai tocar nela enquanto eu viver Vampiro!

Disse Dseyvar pronto para lutar! Mas o vampirão respondeu.

- Não me atrapalhe Elfo! Ou precisarei matar voce e não hesitarei em fazer.

Dseyvar atacou Sem temor! Precisava fazer qualquer coisa para salvar sua amiga... Então pegou seu arco lançando varias flechas ao mesmo tempo.
Last foi desviando as flechas abrindo suas enormes asas demoníacas e chegou perto da ciganinha deixando o Elfo desesperado! Nada que fazia dava certo.

O Vampirão pôs a mão sobre a testa de Mah se conectando ao chakra.

Dseyvar perguntou aflito:

- O que voce está fazendo??

= CALA ESSA BOCA ELFO!

Dseyvar estava atrás do vampirão impossibilitado de chegar perto e até mesmo de ver direito o que ele fazia devido as grandes asas dele que rufavam empurrando o Elfo que é muito leve. Até que ele disse.

- Eu sabia que foi um Bäshu.

Um o que? – perguntou o Elfo mais calmo vendo que o vampirão não queria beber da ciganinha.

- “bäshus” são asseclas de bruxos, eles também costumam prestar favores a nobreza vampiresca acordando importantes membros do torpor antes do tempo normal, levando para eles sangue humano em grande quantidade...
Acabei de ler as impressões negras que ficaram do “bäshu” que esteve aqui, se trata de Jadoogar ele foi morto sem um motivo aparente.
Tempos depois foi ressuscitado por um feiticeiro ligado ao clã dos vampiros nosferatus. Esses são os vampiros mais horrendos da estirpe vampiresca existente em todos os tempos. São vampiros transformados e que depois da transformação, seus corpos entram em estado de decomposição.

Eles disfarçam suas aparências decrépitas quando estão em contato com o público, usando uma disciplina chamada “Ofuscação”.
São perigosos, porque além dessa disciplina eles possuem o Animalismo (que é se transformar em animais) e a Potência (que é uma força descomunal), são também muito calmos e conseguem qualquer informação que precisarem, geralmente vivem em esgotos ou cavernas sombrias.
Jadoogar se transformou em lacaio do feiticeiro que o ressuscitou .

- Como voce sabe tudo isso? - perguntou o elfo

- Porque sou Last Vadlesk Vampiro de nascença e sei tudo dessse e de outros mundos. Além do mais sou protetor de Sunahara e sua noiva.

- Ah! Voce a conhece! Porque não disse quando chegou?

- Porque voce não perguntou, voce me atacou e eu revidei. Não sou bonzinho com qualquer um.

- Errrr... Está bem... O que eles querem da Cigana Last Vladesk.

- Eles querem retirar o poder que ela possui! Bruxos não conseguem usar magia branca, só podem obter se roubarem.
 Se ele conseguir isso, terá nas mãos o trunfo para exterminar os magos de Uhat que são: Er O rubi mais poderoso do mundo! O “Rubi Azul” que dá força a floresta e em conseguinte aos magos: Elessar de Uhat, Sion de Vangah, Furoond de Gladiah e qualquer outro mago que se interponha no caminho dele.

Dseyvar ouviu em silêncio depois perguntou.

- O que vamos fazer para encontra-la?

- Primeiro precisaremos saber se ela saiu ou foi retirada da sua matéria.
Vamos deixa-la aqui e procurar o “bäshu”

- Como assim deixa-la aqui sozinha? Está louco??

- Elfo! Ele a tem ou está a procura da mente da cigana. Não querem seu corpo vazio. Onde está sua sapiência para um elfo?? E logo a ajuda que voce mandou buscar vai cuidar dela. O mais importante e não deixa-la morrer ou mataremos o coração de Sunahara.

- Está bem vamos!

Eles protegeram o corpo vazio de Mah esconderam a barraca de olhos humanos e foram a caça de Jadoogar.

Last pegou Dseyvar de repente e voou com ele preso apenas pelo braço esquerdo e sobrevoou a área, quando Last avistou o rio onde existe um velho tronco de árvore que é usado como portal dimensional ele desceu, assim que pousaram Dseyvar disse.

- Olha aquilo Vampiro!

- O que?

- Uma fera horrenda!

Disse Dseyvar de súbito apontando para frente.
Last se virou e diante deles tinha um grande cão negro com as peles dilaceradas como se tivessem podres.
Olhava-os com olhos esbugalhados mostrando enormes presas e babando. Last falou cuidadoso.

- Cuidado Elfo! É Jadoogar ele já me derrotou uma vez por usar magia, mas eu o machuquei e ele teve que voltar para caverna do seu mestre para curar-se.

- Proteja-se vampiro! Voce está agindo durante o dia, deixa a fera comigo.
falou o Jovem elfo tentando proteger Last.

A fera partiu pro ataque! Dseyvar armou o arco que foi de seu pai e que sua mãe Kalissia havia dotado de magia! 
 Assim que ele armou o arco, uma flecha incandescente apareceu do nada!
O arco mágico tornou o elfo mais ágil e aguçou mais a sua visão, ele conseguiu ver os movimentos da fera com antecedência .

- Estou vendo agora, está sobre nós vou pegá-la!

Disse o elfo apontando o arco para cima e a fera saltou.
Dseyvar havia visto o movimento que ela faria antes mesmo de ela atacar...
E atirou! Disparando a flecha numa grande velocidade! Sem dar chance a fera que estava em seu salto com intenção e atacar os dois. 
A flecha mágica incandescente atravessou o coração da fera e o monstro caiu fulminado.

- Elfo isso foi incrível... Mas vamos embora rápido;

Disse Last espantado com o poder do elfo.

- Porque Vampiro? Perguntou Dseyvar.

- Porque ele se regenera só o Rubi mágico pode matá-lo para sempre.

Nas essências negras da fera não havia vestígios da mente de Mah então os dois atravessaram o rio e continuaram a viagem.
Chegaram a uma clareira completamente sem vida no meio da floresta o que deixou os dois atentos, claro que por ali havia bruxos malignos.

Mas a frente encontraram a árvore portal. Pararam com cuidado observando atentos. Last usou sua percepção para distinguir em que lado da árvore estaria o poder negro. Precisavam atravessar para encontrar o feiticeiro, já que a mente de Mah não estava com Jadoogar.

Last pediu a Dseyvar que ficasse fora do portal para não contaminá-lo com magia negra, mas o elfo é teimoso e prestativo, passou na frente de Last e enfiou a mão no tronco, sentiu muito gelado do outro lado, quase voltou, mas com coragem colocou mas a metade do corpo e antes que entrasse tocou em algo. Avisou a Last:

- Vampiro tem algo material aqui, parece metálico.

- No início do portal? Espera que vou verificar deixe-me ver.

Mas antes que ele fizesse qualquer coisa Dseyvar já havia entrado em seguida saiu trazendo na mão um objeto congelado e a mão também;

O objeto tinha o formato de três alianças gigante, uma por dentro da outra, todas presas em um só pino de cada lado e faziam movimentos em todas as direções.
Haviam  inscrições estranhas em cada uma delas e uma ampulheta no centro.

- O que é isso Vampiro?

Cuidado! Não deixe girar nenhum dos elos. – disse Last preocupado.

Por quê? São bem presinhas.

- Esse é o propósito! Esse objeto mágico nos leva ao passado.

- Devolvo ele??

- Não! Fique onde está! Cuidado! Precisamos prendê-lo exatamente como está para não corrermos riscos.

- Vampiro me explica direito o que é isso??

E Last todo cuidadoso sem tirar os olhos do objeto disse.

- Vou explicar! Como é mesmo o seu nome Elfo??

- Dseyvar!

Bem Dseyvar! Como eu disse é um objeto mágico que faz regressão! Voce pode voltar as Fraldas. E vai ficar lá! Não tem como voltar ao futuro, no caso, para o  nosso presente.

- Que confuso! - disse o Elfo

- O nome desse objeto é “Vapas Samay” que quer dizer (voltando ao passado)

Acontece que existem alguns cuidados essenciais que devem estar na mente de quem tem um “Vapas Samay” os principais são: Nunca estar no mesmo lugar e hora que você do passado”;   se voce for para o passado não poderá ser visto por ninguém; não poderá encontrar com voce mesmo; a quantidade de voltas que foram dadas na ampulheta é que decidirão o tempo que voce irá; e a principal: o “Vapas Samay” só te leva para o passado. NUNCA o contrário.

Se voce for FICA! Por iss......

Last se cala bruscamente.

Dseyvar que estava paralisado olhando para o tal de “Vapas Samay” com medo de movê-lo, olhou pro lado para ver por que Last havia se calado... E deu um grito! Last estava deitado no solo com um rombo gigantesco no peito que dava para ver as gramas secas da clareira através dele . E alguém falou:

- O “Vapas Samay” pertence a mim! Coloque onde voce pegou!

Dseyvar sentiu o sangue gelar de raiva! Essa pessoa que falou com ele tirou a chance que ele possuía de encontrar a ciganinha. 
O elfo colocou o objeto junto do corpo inerte do Vampirão prendeu como pode com o amuleto de Kalissia e levantou bruscamente assustando o humano de cabelos negros e longos que pensou que ele estivesse com o objeto na mão; 
O humano tinha duas armas estranhas a Dseyvar

- Quem é você criatura? Porque matou meu amigo pelas costas?

- Meu nome é Vernô! “Sou um vampiro e guardião do “Vapas Samay”
O que vocês faziam na floresta dos “bäshus” e porque pegaram meu objeto?

Ao ouvir “bäshus” Dseyvar ficou cauteloso Last havia dito que são perigosos Vernô continuou sarcástico: 

- Calma ai garoto! O vampiro ainda está vivo por enquanto, terminarei com ele depois de matar voce e reaver meu o.....

Vernô nem terminou o que estava dizendo, porque Dseyvar havia disparado uma flecha arrancando um escalpo do cabelão do nosferatus

– Que isso praga? Como ele me atirou essa flecha rápida se nem se movimentou para pegar uma? – pensou Vernô abismado

 Pela primeira vez o olhar do Elfo Dseyvar era de ódio! Estava com muita raiva daquele ser desprezível que atacava sem estarem em uma batalha ferindo seu amigo, que mesmo sendo um vampiro o estava ajudando. 
Dseyvar falou arrastando as palavras de tanto ódio.

- Eu Não vou perdoá-lo! Sou Dseyvar de “Suryanna” E vou acabar com voce!

O elfo não perdeu tempo pronunciou umas palavras mágicas e seu arco lançou várias flechas ao mesmo tempo!
Vernô se desviava de todas irritando o elfo. Ele deu um salto para longe mas Dseyvar o seguiu com a mesma velocidade! O nosferatus estranhou e disse a si mesmo:

- “Esse garoto é mago”!

- Quer competir com a minha velocidade? Disse o elfo sarcástico.

Nesse momento aproveitando que o elfo estava se vangloriando, Vernô atirou com suas armas estranhas. 
Dseyvar que estava usando sua percepção aguçada rolou no solo, deu três saltos no ar numa performance incrível!  Conseguindo desviar dos projéteis e em seguida disse:

- “Dóiteáin”

E de seu arco partiu em direção a Vernô uma flecha de fogo azul! O Nosferatus revidou dizendo:

- “Water”

Enviando de suas armas estranhas um projetil de água ácida, destruindo a flecha de Dseyvar ao chocar-se com ela e quase acertando o elfo que desviou velozmente...

Dseyvar surpreso ficou mais atento porque o nosferatus tinha possibilidade de mudar as propriedades mágicas de suas armas assim como ele .

Fazendo firulas Vernô falou:

- Vou acabar logo com isso, cansei de brincar com voce garoto! E das suas armas estranhas ele enviou uma rajada de energia maligna vermelha que avançou na direção do elfo. Ele não se moveu! Apenas suspendeu a mão e disse do fundo da alma:

- “Mere madad apanee man” (ajude-me minha mãe)

Como se saísse das lãs do elfo várias flechas azuis com cauda espiralada partiram em direção a Vernô... As forças se chocaram... As flechas de Dseyvar possuíam grande pressão energética que o nosferatus não sentiu a princípio. 
Ele gargalhou enquanto falava:

- Voce é muito tolo garoto! Como voce acha que flechinhas como essas podem destruir o poder de um Vampiro?

Dseyvar não disse nada! Continuou em silêncio apenas observando... De repente Vernô deu um grito horrível dizendo:

- Como pode ter acontecido isso??

Dseyvar respondeu orgulhoso e imponente:

- Minhas "flechinhas" são de energia penetrante e podem perfurar qualquer coisa.

Vernô olhando para ele retirou a mão do estomago e falou com ódio mortal.

- Maldito garoto mago! Voce me feriu, mas não pode me matar eu sou um Vampiro e não posso morrer!

Dseyvar calmamente retirou da cabeça o capuz que lhe cobria as orelhas pontudas e deixando a mostra suas vastas lãs prateadas e disse:

- Talvez voce não morresse se minhas flechas fossem simples armas.
 Entretanto, Eu Sou um Elfo e minha Mãe é uma Deusa!

Vernô olhou apavorado para Dseyvar e a nevoa que atrás dele, tomou forma de Kalissia que protegia seu filho.
A Visão da Deusa fez Vernô entrar em pânico porque com certeza a Deusa havia usado nas flechas “Verbena e carvalho branco” 
Poderosas ervas que podem matar um vampiro.
Dseyvar concluiu enquanto o vampiro se desfazia 

- Vampiros não são resistentes aos poderes divinos de um Elfo filho de um Deus.

- Elfo malditoooooo..... aahhhhhhhhh

Gritou Vernô enquanto o corpo dele evaporava
Mas ainda havia Last ferido de morte.
 Dseyvar se ajoelhou junto a Last e falou;

- Oh Senhora Elentári Deusa única dos Elfos! Ajuda-me a salvá-lo, para ti não existem causas impossíveis:

Capitulo II

Instantes depois ele ouviu rufar de asas e tudo escureceu:

- Outro vampiro agora não! – Falou o elfo.

Mas não era vampiro era Anárion a bela Elfa Princesa de Uhat que estava alada, hipnotizando Dseyvar com suas lãs e asas douradas... Ela pousou retraiu as asas e ajoelhou ao lado de Last dizendo:

= Meu doce vampiro o que te fizeram outra vez?

Em seguida pôs as mãos sobre o ferimento e disse

– Eu! Anárion Númenessë” Rogo! - Poder de Elentáre!

Ao proferir essas palavras um cone de energia amarela foi direcionando diretamente para o rombo no peito de Last.
  A bela Elfa que para Dseyvar mas parecia uma Deusa, por ele nunca a ter visto alada; pronunciou com firmeza!

= Heal!!!

E um facho de luz amarelo surgiu no ferimento de Last fechando-o de dentro para fora.

O Vampiro começou a acordar! 
Anárion pediu a Dseyvar que não contasse a ele quem o curou. 
Contou ao Elfo que eles se amavam, mas estavam separados por que é proibido o amor entre um Humano e um Elfo. Ainda mais esse humano sendo um Vampiro. E ela é uma princesa e tem obrigações com seu povo e não pode dar uma de menininha mimada e desobedecer a uma lei de séculos depois foi embora.

Dseyvar colocou o objeto mágico sobre o corpo de seu novo amigo Last Vladesk e o carregou nos braços até a barraca onde estava a ciganinha.
Quando chegou a barraca de Camping  lá já estavam as "mães ciganas" e Sunahara que ao ver Last nos braços dele rugiu alto e forte que quase derrubou a lona da barraca. As ciganas protegeram o corpo de Mah com os seus, O Tigre estava muito nervoso. Dseyvar disse a ele:

- Acalme-se Magno! Ele foi ferido , mas já está bem.

E pôs o vampiro sobre seu manto no chão, Sunahara foi até ele e lambeu seu rosto... Last começou a acordar definitivamente dessa vez e ouviu uma voz sussurrando para ele:

- Obrigado por quase morrer por nós! Estamos bem! Eu protegerei meu tigre estando aqui.

Last que estava ainda meio dormindo meio acordado olhou para Sunahara segurou-o pela cabeça e disse:

- Não! Voce não pode ficar ai! Voce não pode protegê-lo! Se ele morrer voce irá morrer com ele.... Responde pra mim que voce vai sair.

O tigre olhava para Last com carinho... E todos os outros o olhavam espantados como se perguntassem:

- “Ele está falando com quem? Nem Magno nem tampouco Lorian podem sair do tigre! Porque eles são o tigre”!!!

A mais velha das ciganas que estava de olhos fechados durante tudo isso, falou:

- Senhor Elfo preciso que me faça um favor, mas com todo cuidado do mundo!

- Sim, minha senhora! Pode pedir.

- Voce precisa desmontar esse objeto!

- Mas ... Se algo der errado iremos para o passado!

- Eu confio em voce!

- Não se trata de confiança Senhora. Pergunte a Last.

- Ele não está em condição de decidir nada!

- Esta bem! Eu farei, mas preciso ir para um local onde eu esteja só, para não levar ninguém comigo para o passado. O que devo fazer depois de desmontar?

- Deve me trazer a ampulheta! Voce fará isso mesmo? Se arriscará sozinho?

Sim minha Senhora! Aguardem-me se eu conseguir logo estarei de volta. Se me demorar saberão o que aconteceu.

Dseyvar pegou o objeto com todo cuidado e seguiu para a montanha de Gladiah que fica a quilômetros de Uhat entrou em uma caverna onde vive uma grande aranha. Colocou o objeto sobre uma pedra e pediu para sua amiga aranha que ela colasse com teia o objeto naquela posição sem movê-lo nem um milímetro, até que ele conseguisse tirar os pinos que prendiam os elos.

A aranha atirou bem devagar teias finíssimas sobre o objeto para fixa-lo, depois atirou camadas mais fortes para prendê-lo. Deixando os dois pinos que prendia, livres da teia. 
Dseyvar retirou o pino do primeiro lado da argola com muito cuidado, esse pino soltaria todas elas de um dos lados, mas ainda poderia mover um elo pelo outro, mesmo depois de solta- los...
Conseguiu retirar os dois pinos sem mover o objeto... 
Mas ainda precisava retirá-lo das teias sem mover um sobre os outros. 
As teias da aranha ficam bem fortes depois de atiradas. 
Ele não poderia retirar a ampulheta porque não passaria sem retirar os elos. 
Eles estavam numa posição que fazia uma jaula para a ampulheta...
 Mesmo retirando o primeiro, ainda não dava para passar pelos dois restantes. Dseyvar pensou em segurar nos elos e juntar todos, mas como ele saberia para que lado rodar? Como saber quem passava por quem?

Estava difícil. Os elos estavam soltos, presos pela teia da aranha apenas.

Ele tentou ler as inscrições, poderia ser uma pista , mas a única coisa que conseguiu decifrar: foram 4 letras “N R T Y” mais nada.
Dseyvar tentou várias palavras com aquelas iniciais e não conseguiu descobrir.. Se ele girasse sem querer um dos elos se quer...  Não levaria a ampulheta a Senhora cigana, porque iria para o passado. 
E com certeza ela precisaria dela para fazer alguma magia e salvar a ciganinha.

De repente Dseyvar disse

- Oh!!!! Não são iniciais!!!
- Está escrito “nrty” que se pronuncia “nritea” e quer dizer “dança” em meu idioma élfico. Eu já sei o que fazer. Minha mãe me ajude novamente!

Dseyvar pediu a sua amiga aranha que atirasse a teia passando entre os vãos dos elos de  maneira que envolvesse a ampulheta e restasse um fio bem forte como se a ampulheta estivesse amarrada. 
Os dois trabalharam com muita precisão: o elfo ajudava a sua amiga aranha a mirar entre os elos. 
Quando a ampulheta estava envolta ele pegou o fio que sobrou enrolou no pulso da mão esquerda e segurou firme.
Com a direita ele segurou sua espada....
 Respirou fundo... 
Se concentrou e cortou a respiração...
Em seguida ele rodou a espada na mão direita como fazia sempre que estava lutando e com um golpe preciso cortou o aço do objeto ao mesmo tempo que puxou o fio que estava envolto na ampulheta para cima com força e precisão. 
A espada cortou de fora a fora o objeto de ouro caindo para os dois lados seus elos pela metade... Mas o elfo foi bem rápido a ponto de salvar a ampulheta de ser cortada por sua espada Dançarina.

Dseyvar segurou a ampulheta como se ali estivesse sua vida, bem junto ao coração e caiu sentado no chão.
 Ficou uns minutos assim recuperando sua alma que fugiu do corpo, tamanho foi o seu desespero contido.
 Dseyvar olhou para tudo ao seu redor e estava no mesmo lugar. 
Ele viu que continuava com seus amigos, que não tinha regressado ao passado. Pediu a sua amiga que embrulhasse bem mais aquelas metades dos elos assim separadas para que não causassem nenhum mal.
 Nunca se sabe!
 E enterrou embaixo de algumas pedras no fundo da gruta. 
 Agradeceu muito a sua amiga aranha e foi ligeiro como o vento até a Senhora cigana que pediu a ampulheta.
 Chegando lá Sunahara tinha deixado Magno com sua querida noiva.
Last disse que foi o apelo cheio de amor quando Dseyvar o chamou pelo nome ao dizer que ele estava bem..

O elfo feliz por ter conseguido entregou a ampulheta a Senhora Cigana ainda trêmulo! 
Ela abraçou Dseyvar com todo carinho e confessou a ele que a mente de Mah estava presa naquela ampulheta....

 Dseyvar desmaiou.....


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